Critica caso enron
Um documentário - baseado no best-seller homônimo, de Bethany McLean e Peter Elkind¹, com direção de Alex Gibney - que relata eficazmente a trajetória da ENRON Oil, megaempresa – a 7ª maior dos EUA – criada na década de 80, que atuava no setor de energia, oferecendo também fontes alternativas – gás natural, por exemplo. É abordado desde a sua brilhante ascensão até o maior caso de falência registrado àquela época nos EUA, que levou consigo não apenas a bilionária estrutura, mas também sonhos e confiança depositados em forma de valores monetários.
A ENRON era comandada por Kenneth Lay – presidente - e Jeffrey Skilling – “braço direito” de Lay e mentor das brilhantes ideias. Posteriormente contariam ainda com Andrew Fastow – diretor financeiro que operava perspicazmente os “milagres” da valorização propostos por Skilling. Três homens que, com suas particularidades, tinham em comum o desejo de alcançar riqueza, cada um com a sua motivação. Skilling, por exemplo, vindo de família pobre, conciliou estudo e trabalho desde muito cedo. Seu sonho era obter “status” financeiramente e ser reconhecido – quiçá eternizado – pela sua grande imaginação, e talvez seja essa a explicação da notoriedade que ganhou no caso.
A empresa levou cerca de 16 anos para obter reconhecimento no mercado financeiro estadunidense e era vista como investimento certo e seguro devido à constante valorização – quase que milagrosa – de suas ações. Todos queriam ser acionistas da ENRON, pois tinham total certeza de que investiam nos melhores; nos “mais espertos”. Sim, dentro da ENRON havia gente muito esperta; especialmente dentro “daquelas salas”. Era ali que tudo acontecia; em determinados andares do luxuoso empreendimento ganhava-se muito dinheiro. Como ocorria? Ninguém pedia maiores explicações. As ações subiam? Lucrava-se com isso? Era o bastante. Saber como o dinheiro surgia era apenas um pormenor que ninguém abordava.
Até a jornalista Bethany McLean