Crise subprime

Resenha crítica do livro: Indústria e desenvolvimento regional no Rio de Janeiro: 1990 – 2008

O início do capítulo I sintetiza nas primeiras páginas o que será abordado posteriormente no decorrer do livro.
A abordagem inicial trata do período de 1930-1980 onde, segundo o autor, houve um claro processo de crescimento e modernização, mas com perda de importância relativa na região. Para ilustrar essa tese com dados, são apresentados alguns números como, por exemplo, crescimento médio anual acima da média nacional, porém um decréscimo substancial na participação do estado no PIB nacional.
Logo após a apresentação desses dados o autor fortalece sua tese com citações de alguns autores, a primeira delas tenta evidenciar que, o termo esvaziamento, por mais que traga uma ideia de perdas e diminuições reais, não é a realidade da região, tendo em vista que mesmo havendo uma diminuição relativa ao crescimento nacional, ocorreu de certo modo uma grande expansão na economia fluminense.
Na continuação de análise do período em questão o autor cita a expansão demográfica da região, o que nos leva ao entendimento de que mesmo com o aumento da população fluminense tendo sido acima da média nacional, a renda per capita da população sofre um decréscimo relativo muito acentuado. O livro nos apresenta essa afirmação em gráficos e tabelas o que deixa mais clara essa compreensão. A seguir nos é apresentado um comparativo entre o processo de industrialização da região fluminense e o de São Paulo, onde vemos que o setor de ponta recebe uma atenção muito maior que no Rio de Janeiro. O autor evidencia concentração em indústrias de base e de bens intermediários, além da forte presença estatal no território fluminense por meio da Companhia Vale do Rio Doce (1942), CSN (1941), Petrobras (1953), entre outras. Finalizando essa comparação constata-se que esse cenário só começa a ser modificado a partir dos anos 80 quando a Indústria extrativa começa a ganhar volume com a crescente