A Crise do Subprime

595 palavras 3 páginas
A CRISE DO SUBPRIME

A bolha imobiliária norte-americana arrastou o mundo para uma crise sem precedentes em 2008, a mais grave desde 1929, iniciada no endividamento da família americana a partir dos anos 90, incitada pelo crédito fácil e a juros baixos após o estouro de outra bolha, a da Nasdaq (mercado de ações da internet), concedidos a tomadores com alta taxa de risco de inadimplemento, mas lastreadas em cima da forte e constante valorização dos imóveis residenciais, o que fazia com que acontecesse a rolagem da dívida através de seu refinanciamento através do ‘lucro presumido’ (diferença para mais) da possível venda do ativo (imóvel) dado como garantia. Assim, os clientes conseguiam pagar suas dívidas e ainda obter crédito adicional para consumir mais.
O governo americano estimulou, principalmente através da FNMA e da FHLMC, empresas autorizadas a garantir empréstimos e garantias, a oferta de crédito imobiliário por instituições financeiras do próprio EUA e de outras partes do mundo. Depois que o Federal Reserve aumentou os juros em 2005, o preço dos imóveis caiu a partir de 2006, o que fez com que os mutuários perdessem a capacidade de pagar e de refinanciarem suas dívidas, com juros pós-fixados, gerando inadimplência em massa. Com isso, houve uma corrida atabalhoada desses clientes em se desfazerem de suas casas no mercado, gerando a queda livre dos preços.
Com os imóveis devolvidos, os bancos e as instituições financeiras envolvidas, que perderam a liquidez, passaram a negociar esses ativos podres na forma derivativos no mercado financeiro internacional, cujas agências de análise de créditos internacionais irresponsavelmente classificavam como um risco AAA, ou seja, extremamente baixo, com valores cinco vezes superiores aos das dívidas originais.
A crise apareceu para o mundo na segunda metade de 2007. Em 2008, a falta de dinheiro no mercado levou à quebra, em efeito cascata, de várias instituições bancárias e financeiras, como o renomado e gigante

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