CRISE ECONÔMICA NA ERA COLLOR
A crise econômica na era Collor: uma crise que marcou uma geração.
Bloqueios de contas, criação de várias moedas fadadas ao fracasso e várias tentativas, frustradas, marcaram uma crise econômica que sacodiu o Brasil no início da década de 90. E influenciou até a queda de um Presidente da República.
Por Márcia Negreiros
DESENVOLVIMENTO
No início da década de 90, durante o Governo de Fernando Collor de Melo, ocorreu uma das maiores crises financeira do País. Exaustivamente, lembrada até hoje. Por quase uma década, o Brasil passou por um período de instabilidade inflacionária que se iniciou no ano de 1986, até 1994. Onde foi criado o Real e conseguiu acalmar a inflação que vinha flagelada logo após a criação de outras moedas como cruzado (1986-1989), cruzado novo (1989-1990), cruzeiro (1990-1994). No ano anterior ao início do Governo Collor a inflação oficial alcançou a inacreditável cifra de 1.764% e em razão desse flagelo, o então Presidente elegeu como sua prioridade a luta contra a espiral inflacionária do chamado Plano Brasil Novo, popularmente denominou de Plano Collor. Este Plano era a quarta tentativa ousada, empreendida pelo Governo Federal visando o combate a hiperinflação logo após outras três tentativas ao longo do Governo Sarney. A situação econômica no País era tão periclitante que a discursão não girava em torno da adoção de medidas na seara econômica e sim, quando e como, tais medidas foram implementadas e nisso veio a primeira surpresa: na véspera de sua posse, Fernando Collor fez uma solicitação ao Governo Sarney para que fosse decretado feriado bancário, o que só aumentou as especulações a respeito das medidas que seriam anunciadas. O Governo Collor anunciou seu Plano Econômico no dia seguinte a posse: anunciou o retorno do cruzeiro como unidade monetária em substituição ao cruzado novo, vigente desde 15 de janeiro de 1989, quando houve o último choque econômico vindo do Governo