Crise automobilistica
Crise levou montadoras a demitir 35 mil
Plantão | Publicada em 12/01/2009 às 08h55m
Dez maiores fabricantes de carros do mundo anunciaram até agora pouco mais de 35 mil cortes de empregos em todo o mundo.
Os maiores afetados são os trabalhadores temporários, mas muitas fábricas também implantaram o programa de demissão voluntária, férias coletivas ou diminuição da carga horária.
No entanto, o número total de pessoas que perderam o emprego por causa da crise no setor pode ser até três vezes maiores, segundo sindicalistas.
Isto porque muitas pequenas fábricas, fornecedoras de peças para as grandes montadoras, fecharam as portas ou reduziram drasticamente o número de funcionários.
Os prejuízos no setor ultrapassam os US$ 30 bilhões. Recuperação
Mas apesar da demissão em massa e das perdas, as grandes montadoras devem começar a se recuperar ainda em 2009, na opinião de analistas ouvidos pela BBC Brasil.
Apesar dos dados negativos, os analistas de mercado prevêem que a situação deve melhorar neste ano para os fabricantes de veículos.
"O ano de 2009 deve ser pobre para as montadoras, mas o pior dessa queda desenfreada já passou", opina Edward J. Lincoln, diretor do Centro de Estudos Econômicos Japão-Estados Unidos e professor da Universidade de Nova York.
Gary Burtless, economista do Instituto Brookings e ex-membro do Departamento do Trabalho dos EUA, concorda. O especialista disse à BBC Brasil que as vendas podem começar a ter uma reação positiva após o início do segundo semestre, pelo menos nos Estados Unidos.
"A idade média dos carros que rodam nas ruas atualmente será o principal fator para que as pessoas troquem de veículo", acredita.
"Outra boa notícia para os fabricantes de carros é a queda no preço da gasolina, o que torna os carros 'beberrões' de combustíveis novamente atraentes para o público consumidor norte-americano", diz.
O professor Lincoln vai mais além e aposta numa volta triunfal das vendas já em 2010.