Crianças Abandonadas no Brasil: Um problema social ou político? As emoções dos sentimentos e os valores morais existentes nos dias de hoje não eram respeitados ou considerados nos matrimônios do Brasil Colonial, onde tinham como acordo principal uniões familiares por interesses de igualdade social financeira; eram casamentos arranjados. Os padres naquela época davam conselhos aos maridos, que o amor pela esposa era para ser sentido e vivido como um amor singelo, fraternal e não com desejos ardentes e paixões violentas. Porém, na colônia as paixões dominaram por toda parte; pois as proibições religiosas e regras civis não estavam mais tão severas aos colonos portugueses amancebar-se, pois os próprios colonos foram ficando mais abertos na sua moral religiosa. Não esquecer que nos dois primeiros séculos da colonização, os matrimônios conforme a lei era raríssima e figuravam ser uma opção da sociedade que reinavam, incentivada por interesses de bens materiais, restando para outras classes sociais o relacionamento conjugal sem matrimônio. As relações sexuais ardentes sem a bênção da igreja era vivenciados como amantes, principalmente entre os donos das grandes fazendas chamados de “senhores” e suas humildes escravas. Eram esses envolvimentos que surgiam os frutos indesejáveis para os senhores; os filhos bastardos, os filhos do pecado para a Igreja. Mas, as crianças abandonadas não são somente filhos de escravos com seus senhores; mas também de uniões familiares fracassadas através das tradições de homens casados com mulheres solteiras que perante a sociedade não serviam para se casarem; eram mulheres mestiças, índias etc; mas, serviam de amantes dos mesmos e nesses relacionamentos nasciam filhos indesejados e também os padres que traiam sua castidade se envolvendo sexualmente. Em resumo é sobre crianças nascidas já com um futuro incerto pelos próprios pais por não terem uma união dentro das leis normais da sociedade e das leis da Igreja. São frutos