Fichamento Crianças do Consumo1, de Susan Linn Por Norton Tavares www.marketing69.com Introdução - o turbilhão de marketing Focar somente produtos, contudo, significa subestimar a magnitude do problema. De igual importância são: o volume de propaganda ao qual as crianças estão expostas, os valores embutidos nas mensagens de marketing e o comportamento que essas mensagens inspiram (pág. 25). A explosão do marketing voltado para as crianças hoje é direcionado de maneira precisa, refinada por métodos científicos e lapidados por psicólogos infantis - resumindo, é mais penetrante e importuna do que nunca (pág. 25). (...) as leis que poderiam prevenir a formação de conglomerados de mídia tornaram-se mais brandas e, hoje, megacompanhias como Viacom, Disney ou Time Warner podem possuir vários canais de televisão, estações de rádio, provedores de serviços de internet, parques temáticos, gravadoras de discos e/ou editoras - todas elas fazendo propaganda cruzada umas das outras, bem como anunciando alimentos, brinquedos, livros, roupas e acessórios. Algumas corporações gigantes controlam muito do que as crianças comem, bebem, vestem, lêem e brincam todos os dias (pág 26). O marketing voltado para as crianças não está presente somente na mídia eletrônica; mesmo vias habituais de difusão que tradicionalmente chamava-se cultura popular - o boca-a-boca, por exemplo - foram agregadas pelas corporações. Elas empenham-se no marketing de "guerrilha": propagandas e pôsteres agora são afixados em prédios e pontos de ônibus, num tipo de grafite corporativo. Há também o marketing "viral", um termo usado a princípio para descrever o que acontece quando marqueteiros invadem as salas de bate-papo da internet e se fazem passar por garotos normais a fim de promover seus produtos. O marketing viral também é empregado quando distribuem amostras grátis de produtos como CDs, por exemplo, para crianças consideradas "populares" ou "descoladas". As empresas de marketing literalmente fazem uma