CRIANÇA QUE FERE
APEGO - capacidade que a criança apreende como resultado de interações recíprocas e contínuas, durante os 1º anos de vida, caracterizadas pela proteção, satisfação das necessidades, dos limites, do amor e da confiança. (Bowlby,1960; Levy e Orlans, 1998)
O apego desenvolve-se através da relação (vínculo) que o bebê estabelece com a pessoa de referência afetiva (mãe, pai , avó, outro) até os 2 anos de idade. O vínculo proporciona para o bebê a criação de laços estáveis de confiança. A mãe, geralmente, é a principal fonte de referência afetiva da criança e é com ela que o bebê estabelece o “Bonding” – laço biológico durante a gestação, sendo este a base do apego. Já o pai tem papel importante e laços com ele se criarão se este conviver com o bebê. Ele é o protetor da família e o provedor da mãe, trazendo segurança para que esta, cuide da criança. Será através dele que a criança se comunicará com o mundo que está além da família.
Pesquisas em desenvolvimento humano (Brazelton, 1982) revelam que crianças adotadas são mais suscetíveis em ter problemas com o estabelecimento de vínculo (apego), pois como já tiveram uma perda, a dos pais biológicos, e muitas vezes foram negligenciadas.
A criança ferida a qual nos referimos é esta, que foi marcada na raiz, por rejeição, maus tratos, negligência e abandono daqueles que deveriam ter sido seus provedores de amor, necessidades básicas, segurança, entre outros.
A criança “ferida” rejeitará e não poderá aceitar o amor que os pais adotivos, por exemplo, tanto querem lhe dar, por isso fere. Muitos estudos (Cline, 1979; Levy& Orlans, 1998) revelaram que o que uma criança retém, principalmente, até os três primeiros anos de vida é a média de todas as experiências que ela teve. O resultado da falta de confiança, apego e segurança, no 1º ano de vida, resultará em