Creonte
DOS FATOS
Creonte, irmão de Jocasta (mulher de Édipo) e tio de Antígona, assumiu o trono e declarou-se Rei de Tebas. Assegurou o sepultamento de Eteócles conforme os costumes da cidade. No entanto, proibiu que Polinices, que foi considerado traidor, que fosse sepultado, já que havia a crença de que sua sombra permaneceria vagando às margens do Rio Estige.
Tirésias, o adivinho cego, tentou convencer Creonte a revogar sua decisão, porém este se mostrou irredutível. Como sendo ordens do rei, quem ousasse a desobedecer seria enterrado vivo. Porém Antígona desejava que seu irmão Polinices tivesse uma cerimônia de sepultamento, então a mesma realizou o ritual para loberta a alma do irmão.
Quando Creonte teve conhecimento dos fatos condenou Antígona a ser enterrada viva, mesmo ela sendo noiva de seu filho Hemom. Ocorre o suicídio de Antígona, Hemom e da rainha. Após os fatos, Creonte lamenta as irrefletidas decisões que havia tomado.
DO JULGAMENTO
O caso a ser julgado trata-se da acusação contra o Rei Creonte de ter infringido o direito natural de sepultamento de Polinices e uma equivocada sentença de morte a Antígona.
POSSÍVEIS ARGUMENTOS PARA ACUSAÇÃO
Além de ser um Direito Natural, é um direito real, com base divina, “lei divina”;
Conflito entre Direito Familiar e o Direito Público nascente;
No tempo homérico enterrar o morto era um dever da família e não enterrar, um crime;
Em pleno séc. XXI regime democrático é possível absolver alguém que vem sendo condenado por diversos pensadores das diversas áreas do conhecimento;
Uso abusivo do poder estatal (Antígona se opôs);
Na constituição de 1988 o pluralismo político constitui fundamento da República Federativa do Brasil que consta do 1art. V;
No momento da peça, momento histórico, direito e religião caminham juntos, evidente conflito entre a lei do homem e a lei dos deuses;
Poderia Antígona para acatar as leis de um humano, desobedecer a