CPC e cadernos do povo brasileiro
- a história sem estado
- cpc: histórico; práticas; críticas
- Os cadernos do povo brasileiro: histórico, práticas, críticas
- Uma análise das instituições e o que elas representaram para o ideologico do periodo, as vantagens de se escrever a história não apenas pelo contexto do Estado.
Introdução
O trabalho que segue pretende pensar o contexto de 61 a 64 por duas vias: o CPC e os Cadernos do Povo. Ao fazê-lo pretendo recontar e colocar a minha leitura de obras históricas que buscaram não apenas no Estado o escrever da História. A escolha desses dois vieses se deu por, a princípio ter gostado muito da escrita da Marilena Chauí em seus seminários (1983) e por, ao buscar mais informações sobre esses temas, ter percebido que são movimentos muito marcantes e importantes para a arte e para a literatura no Brasil.
Pensando a história fora do Estado
A sociedade, Segundo Marilena Chauí (83), produz divisões que não são todas representadas em sua identificação. As classes dominantes por “persuasão ou à força” fazem da identidade geral a sua própria. Essa identificação se dá através do Estado, que se pretende de uma universalidade imaginaria”.
“Estamos numa sociedade que recusa refletir sobre a divisão interna que a constitui e que dissimula essa divisão produzindo identidades e um sistema de identificações imaginárias: a lei, o Estado, o direito, a organização, a família, o trabalho, a ciência, a arte, e, evidentemente, o povo e a nação. Repondo a divisão interna e pondo um sistema de equivalências abstratas, a sociedade tenta exorcizar as contradições que a constituem e o trabalho dessas contradições. Paradoxalmente, essa sociedade fará da história o grande agente de instauração da identidade, em lugar de instituinte das divisões.” (Chauí, p. 61, 1983)
No trecho supracitado, a autora deixa clara sua posição com relação ao papel da história que segue as informações e rastros desse projeto de Estado que tenta uma