Cotas

ABORDAGENS ÀS AÇÕES AFIRMATIVAS

As cotas (ações afirmativas) foram criadas para, de uma certa maneira, tentar estabelecer igualdade entre os grupos sociais. Atualmente e no decorrer da história, diversos grupos foram e ainda são discriminados por sua posição social, cor da pele, escolha da religião ou sexualidade e outros inúmeros fatores.
Hoje, 125 universidades públicas brasileiras utilizam o sistema de cotas raciais, tanto por reserva de vagas, como por acréscimo no score final do vestibular. Existe também a Lei nº 12.711/2012 que garante a reserva de 50% das matrículas nas universidades públicas para alunos que fizeram todo o ensino médio em escolas públicas.
John Rawls, um filósofo estadunidense, é considerado como um dos precursores quando se trata de defesa da política de cotas adotada por várias universidades, concursos públicos e organizações de uma maneira geral. Rawls afirmava que as pessoas não nascem iguais e também não tem as mesmas oportunidades durante a vida, além disso, John também repugnava a ostentação que alguns mostravam por ter tido "sorte" na vida (por exemplo: aqueles que são intelectualmente ou fisicamente privilegiados). O filósofo também descartava a meritocracia (conceituada por alguns alunos em sala de aula como: atingir objetivos por meio do esforço próprio) por ser injusta.
Os conceitos utilitaristas de sempre procurar priorizar a maximização da felicidade da maioria por mais que seja necessário sacrificar a minoria oprimida, também foram questionados pelos princípios de justiça e igualdade de John Rawls. De acordo com a lógica utilitarista, as cotas não deveriam existir porque estas, estariam privilegiando a minoria constituída pelos grupos discriminados citados no primeiro parágrafo.
John Rawls contribuiu de uma forma expressiva para a população com suas teorias. Diversos alunos que durante muito tempo foram formados pelas universidades públicas, eram de classes sociais que possuíam mais recursos e podiam pagar por ensino