Corrosão do carater
Cap.V: Risco
Novo contrato – trabalhador sente-se constantemente em teste, mas nunca sabe me que posição está. Não há medidas objetivas de avaliação.
Schumpeter – os seres humanos excepcionais se desenvolvem vivendo constantemente no limite.
Ulrich Beck – na modernidade avançada, a produção social de riqueza é sistematicamente acompanhada pelas produções sociais de riscos. A palavra risco descende da palavra renascentista italiana para “desafiar”, risicare.
Mas o medo de tentar a sorte paira sobre a administração do risco. Segundo Amos Tversky as pessoas na vida diária se interessam mais pelas perdas do que pelos ganhos. Falta ao risco a possibilidade de estabelecer uma narrativa, uma relação causal entre os acontecimentos.
Numa organização frouxa, quanto mais brechas, desvios ou intermediários, mais fácil será a movimentação dos indivíduos. Os buracos numa organização são os locais da oportunidade, mas é uma marcha para a incerteza. Essas mudanças ocorrem de três maneiras: mudanças laterais ambíguas; perdas retrospectivas ou resultados salariais imprevisíveis.
Novo capitalismo – a mudança torna-se um valor. O destino conta menos que o ato de partir. Imensas forças sociais e econômicas moldam a insistência na partida. Ficar firme é ser deixado de fora. Existe a esperança de que ao se lançar na viagem alguma coisa aconteça, é uma espécie de suspensão da realidade.
Está havendo um processo de concentração de renda nas camadas com maior escolaridade formal, uma elite tecnológica. A flexibilidade acentua a desigualdade pelo mercado em que o vencedor leva tudo.
Assumir os riscos torna-se um teste de caráter.
Diante de alguma situação conflituosa, a atenção da pessoa fica pregada mais em suas circunstâncias imediatas que numa visão de perspectiva – efeito da “dissonância cognitiva”. A psicologia social chama essa atenção gerada de “atenção focal”. O pensamento a longo prazo é suspenso como inútil.
Gera uma enfase na juventude, como se os mais