Correntes filosóficas dos surdos

688 palavras 3 páginas
Análise

O conteúdo apresentado no capítulo 10, mostra uma pesquisa no ensino de Libras para ouvintes e um questionamento a respeito das nomeclaturas usadas atualmente e questões importantes a serem tratadas em sala de aula entre professores e alunos ouvintes.
O primeiro conceito sobre o assunto está enraizado no contexto social mostrando que há sempre uma ideia defazada e negativa com relaçã aos surdos. Como professora, Audrei Gesser, reflete sobre a questão das nomeclaturas relatando uma situação em que os surdos se sentem incomodados em serem chamados por outros nomes a não ser, surdo. É senso comum que a palavra "surdo" seja considerada ofensiva, fato que perturba a cultura do surdo. Ser chamado de deficiente auditivo se torna ofensivo pela agressividade com que a palavra é usada.
É de suma importância a noção dos termos para a vida dos surdos, e a construção da identidade ‘’deficiente’’ e quaisquer derivados pejorativos está muito presente na vida dos surdos, isso acontece porque a surdez é tanto uma construção cultural quanto um fenômeno físico, e a forma de construção cultural é uma expressão de valores culturais, significados através da ordem ouvinte, que busca e intitula ‘’normalidade e anormalidade’’. Há níveis de explicitação de preconceitos, e eles são caracterizados pelas diferenças. Ou seja, a diversidade é um motivo dessa narrativa preconceituosa. Assim ele cita as palavras de Skliar, ao prefaciar Botelho (1998:10). Diz ele: ‘’ Reconhecer a diferença não significa uma aceitação formal nem uma autorização para que os surdos sejam diferentes. A definição da surdez sob a perspectiva da diferença supõe, no mínimo, estabelecer quatro dimensões inter-relacionadas: a dimensão política, a dimensão ontológica visual, a presença de múltiplas identidades surdas e a [não] localização da surdez nos discursos sobre a deficiência. ’’. A partir deste fato, os ouvintes veem os surdos apenas em suas características negativas: falta de audição e até

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