Correntes Filosoficas Na Surdez
Larissa Cristiane Gomes Zentil
Curso de Pedagogia - UNICENTRO
Orientadora: Profª. Denielli Kendrick
4. Correntes filosóficas da educação de surdos
As alternativas metodológicas e pedagógicas utilizadas na educação dos surdos devem considerar a peculiaridade desse sujeito. O surdo se apropria do mundo visualmente e tem uma maneira particular de se relacionar com seus pares. A partir disso, é possível analisarmos as correntes filosóficas que envolvem a educação de surdos, pois cada uma, de maneira diferente objetiva proporcionar uma educação ao surdo que lhe garanta um bom desenvolvimento acadêmico, cognitivo e lhe permita maior integração social.
4.1 Oralismo
Traçando uma linha do tempo é possível destacar o Oralismo como uma das mais antigas filosofias aplicadas na educação de surdos, vem desde o século XVIII. Tem grande expressividade e predominância a partir do Congresso de Milão, supracitado. Essa filosofia aponta que a linguagem falada e a escrita são prioritárias como forma de comunicação para surdos.
De acordo com Sá (1999) o Oralismo tem por objetivo capacitar à pessoa surda a utilizar a língua oral, como única possibilidade linguística. Utiliza metodologias para reeducar auditivamente à criança pela amplificação de sons, juntamente com técnicas específicas de oralidade. Acredita que a língua na modalidade oral é meio e fim dos processos educacionais e de integração social. Segundo Capovilla (2004, p.22-23), “objetiva levar o surdo a falar e a desenvolver competência linguística oral, o que lhe permitiria desenvolver-se emocional, social e cognitivamente, do modo mais normal possível, integrando-se como um membro produtivo ao mundo dos ouvintes”. Esta filosofia exige que o surdo se adapte ao mundo ouvinte, que se comporte como ouvinte e que rejeite a surdez como um fator de diferença social. Busca normalizá-lo, e tal anormalidade deve ser resolvida