Corporiedade
2O homem e sua corporeidade na História da Filosofia
M.GONÇALVES neste tópico procurou acenar para o sentido da evolução, para compreendermos melhor toda a trajetória da visão do "o que é o corpo?" de vários filósofos de diferentes épocas.
"Na história do pensamento filosófico, a problemática do homem e do seu mundo oscilou sempre entre dois pólos: o corpo e a alma, o conhecimento sensível e o conhecimento inteligível*, o mundo da matéria e o mundo do espírito, a vida terrena e a vida ultraterrena"(pg.41).
*Que ou o que só pode ser compreendido pela inteligência, pela razão, não pelos sentidos
"Com Sócrates (século V a.C), o homem com suas qualidades, seus anseios, seus valores e suas crenças tornou-se alvo de questionamentos filosóficos. Sócrates proclama a razão do homem, para transcender às condições exteriores e encontrar o verdadeiro sentido das coisas, orientado sua ação moral" (p.42).
Quanto á Platão (Século V e VI a.C), acreditava que "[...]a natureza humana carrega em si a cisão desses dois mundos, separando o corpo da alma. O corpo, com suas inclinações e paixões, contamina a pureza da alma racional, impedindo-a de contemplar as ideias perfeitos e eternas. O corpo torna-se, assim, a prisão da alma, um obstáculo à realização do ideal de Bem e Verdade a que ela aspira" (Pg.42).
"Aristóteles reconhece o papel do corpo e dos sentidos no conhecimento, e o corpo não é considerado, como em Platão, o cárcere da alma. Não obstante, para ele, o homem é sobretudo um ser pensante e político, que deve dirigir sua vida pela razão. A educação moral é o objetivo prioritário de seu plano educativo. A educação dos impulsos pelo exercício é importante para a aquisição de virtudes, cuja formação é assegurada quando as disposições naturais orientam-se em direção ao Bem, isto é, tornam-se um hábito, constituindo uma segunda natureza" (pg.43).
"Santo Agostinho (séculos IV e VII) situa-se na passagem do mundo greco-romano para a