Corpo e Alma em Platão
Para responder a essa questão, Platão elabora a teoria da reminiscência, onde afirma que a alma é imortal e muda de corpo após a morte. Nessa mudança de corpo, as almas contemplam as idéias perfeitas. O conhecimento do mundo real se dá pela lembrança do mundo ideal.
Assim, Platão elabora a teoria do inatismo. A alma recupera a idéia perfeita antes de encarnar; Adquirimos o conhecimento antes de nascer e o carregamos conosco ao nascer (...) por que o saber é isso: adquirido um conhecimento, conservá-lo e não esquecê-lo.
A ignorância é importante para a sabedoria, pois a pessoa que se considera ignorante sobre algo, não que ela seja "burra", mas sim, que tem humildade para buscar conhecimento, saber, ter curiosidade para cada vez aprender mais.
A alma é o sopro vital, presente em todos os seres. É definida como aquela que tem capacidade de mover por si mesma. Está dividida em três partes: a racional, localizada no cérebro - o ímpeto, localizado no peito e os apetites localizado no ventre.
Morrer para o filosofo é libertar-se do cárcere do corpo.
O corpo como túmulo da alma, significa que o corpo e a alma são duas existências distintas. Uma existência aparente (corpo) e uma existência real (alma). O inteligível (alma) é capaz de conhecer por meio das reminiscências, e o sensível (corpo) participa do inteligível.
Há uma separação entre corpo e alma, sendo o homem um misto, e não uma unidade desses dois aspectos. O aparente se altera, morre e o inteligível permanece, pois é uma realidade estável.
Pensar sobre o corpo exige pensar sobre a existência, sobre a aparência, sobre a vida e a morte, sobre a finitude, sobre o tempo, sobre o sensível e o invisível.
Para o filósofo, o corpo está sujeito aos males da condição humana, sobre a qual se impõe a natureza, devendo portanto, obedecer à alma e serví-la pois, o corpo é ininteligível, multiforme, dissolúvel e jamais igual