Platão, corpo e alma (vários conteúdos)
Platão
Corpo e alma
Segundo Platão, o corpo é a prisão da alma, no qual se concentra todas as paixões (PATHOS) impedindo de ver as verdades eternas da alma (NOUS) que contempla as coisas em si mesmas, as essências reais e verdadeiras que só são possíveis de serem reveladas aos olhos da razão. Eis o verdadeiro saber para Platão.
Sócrates e a sabedoria
Para Sócrates a sabedoria consiste em não supor saber o que não se sabe, ou seja, em reconhecer a sua própria ignorância.
Oposição dos filósofos Sócrates e Platão aos sofistas Um dos primeiros critérios deveu-se à cobrança que os sofistas faziam pelos seus ensinamentos, enquanto Sócrates e seu discípulo Platão defendiam que o saber não teria preço. Contudo, o que provavelmente mais incomodava os filósofos era o fato dos sofistas dizerem que eram mestres principalmente no ensino das virtudes (areté). Sócrates dizia que a sabedoria era algo a ser conquistado livremente, gratuitamente e partilhada com todos. O outro ponto de incômodo dos filósofos era a presunção do ensino ético, pois os sofistas se diziam sabedores e mestres das virtudes. Ora, para os filósofos, a virtude não era um produto de mercado; “virtude” é saber, aliás, um tipo de saber especial, que na visão de Sócrates não é possível de ser ensinado. Já os sofistas, situavam suas reflexões a partir dos dados empíricos, o sensório imediato, sem se preocupar com a investigação de uma essência da virtude, da justiça, do bem etc., a partir da qual a própria realidade empírica pudesse ser avaliada. Sendo assim, a retórica sofista tratava de coisas superficiais não atingindo os questionamentos de Sócrates e Platão.
A condenação de Sócrates à morte
Como Sócrates não fazia distinção entre seus interlocutores e questionava tudo, incluindo as crenças e os valores comuns, foi considerado uma ameaça social, um subversivo. Interessado na prática da virtude e na busca da verdade, contrariava os valores dominantes da sociedade