Copa e Ditadura
Após o golpe militar em 1º de abril de 1964, o Brasil passou a viver um período de grande instabilidade inclusive com muitas forças políticas descontentes com o novo regime. Ciente das pressões que estava sofrendo, o presidente Costa e Silva definiu que o futebol seria uma boa forma de acalmar os ânimos da população e convocou uma reunião com o então presidente da CBD (atual CBF), João Havelange. Nessa reunião, Artur da Costa e Silva afirmou que o Brasil não podia perder este campeonato. Tinha que haver um jeito de qualquer forma. ‘’Em 1970 o Brasil estará disputando essa taça do mundo. Como presidente, gostaria que o povo brasileiro, ainda na minha gestão, festejasse a conquista” como ficou registrado na edição de 4 de dezembro de 1968 de A Gazeta Esportiva.
Com o afastamento de Costa e Silva, Médici assumiu e os planos de atrelar a imagem da presidência da república ao futebol seguiram. Médici passou a comparecer aos eventos esportivos e também a se aproximar dos jogadores que integravam a seleção brasileira. “Às vésperas do embarque da seleção brasileira para o México, Médici promoveu um banquete no Palácio das Laranjeiras para o qual convidou todos os jogadores que representariam o país”, relata o pesquisador. Ainda antes da estreia da seleção na Copa do Mundo de 1970, Médici enviou um telegrama desejando boa sorte aos jogadores e alguns dias depois o título mundial veio para o Brasil, sendo recebido em Brasília com muita pompa.
A intervenção de Médici começou em relação ao comando do time, tirou a equipe das mãos do comunista João Saldanha e a entregou para Zagalo. Ele assumiu e vários militares tinham acesso à comissão técnica, não queriam a baderna que foi a Copa de 1966. A eliminação ainda na primeira fase custou caro ao regime. Foi feita uma investigação dos erros que não se repetiriam em 1970.
O governo militar divulgou uma história