Cooperaçao inter-estatal
Desde o inicio do século xx, os Estados que mantêm relações internacionais com os seus vizinhos compreendem a necessidade de cooperação inter-estatal para a gestão de certos problemas que ultrapassam o quadro dos seus próprios campos de intervenção. Desse modo foram criadas as Comissões Fluviais Internacionais ( do Reno em 1815, e do Danúbio em 1856). Mais tarde, a Revolução Industrial, e com ela o aumento das trocas industriais e comerciais, deram lugar à constituição de organismos internacionais de enquadramento e regulamentação das suas trocas. Foram criadas organizações administrativas especializadas, como a União Telegráfica Internacional (1865), a União Postal Universal (1874), a União dos Caminhos de Ferro(1890), ou a União da Protecção da Propriedade Intelectual(1883).
Após a Primeira Guerra Mundial, a criação da Sociedade das Nações (1919) marcou a vontade de organizar politicamente as relações inter-estatais. A SDN, cuja razão de ser era a paz através do direito e da segurança colectiva, não sobreviveu à Segunda Guerra Mundial.
A segunda metade do século xx, assistiu a multiplicação das organizações internacionais. A criação em 1945, da Organização das Nações Unidas, que substituiu a Sociedade das Nações, mostrou de novo a vontade dos Estados vencedores da guerra de estruturar as relações internacionais e instalar um sistema de segurança colectiva eficaz. Constituída na origem por 51 Estados, a ONU era, em 2006, era composta por 192 Estados, ou seja a quase totalidade dos Estados do mundo (à excepeção da Suiça). Ao mesmo tempo, uniram-se à ONU as organizações internacionais ditas > (UNESCO, OMS,OIT, etc.). muitas das quais existiam antes mesmo da criação da ONU. O conjunto forma o que se chama o sistema das Nações Unidas.
Na Europa, o final dos anos 40 e os anos 50 assistem igualmente à criação de numerosas organizações com vocação política regional, econômica ou cultural (Conselho da Europa: 1948; OTAN: 1949; União da Europa Ocidental: