Teoria das RIs e sua relacao com OIs
O conceito em que se fundamenta o Funcionalismo pode ser descrito da seguinte forma, hábitos de cooperação seriam constituídos em diversas áreas mais técnicas, nas esferas tecnológica, econômica e social, nas quais o interesse comum pode emergir facilmente. Em um ambiente que se apresente uma problemática comum, identificada como mínimo denominador comum entre os Estados, estes tenderiam a cooperar em torno desta questão afim de generalizar os custos e reduzir os riscos, por meio disto podemos identificá-los como atores racionais. Ou seja, os Estados cooperam em determinado tema específico, gerando avanços de normas e regras em relação a esse tema. Essa cooperação surge através de uma demanda que nasce da própria intensificação da globalização e do desenvolvimento tecnológico, que não permitiriam que determinados problemas fossem resolvidos apenas no âmbito nacional. Alguns autores afirmam que o sucesso da cooperação em um assunto específico levaria a uma cooperação também em outros setores, podendo gerar até mesmo uma ramificação para uma cooperação política maior. Para haver sucesso na cooperação política há uma necessidade de estabelecer uma relação de confiança, para os funcionalistas essa confiança seria aos poucos construída, através das cooperações funcionalistas. Mais tarde, a cooperação na seara política seria inevitável. Além disso, ao criar uma rede internacional de cooperação, que redefiniria os interesses e as lealdades dos Estados, mudando-as do interesse nacional para o interesse coletivo, a cooperação funcional geraria uma nova forma de comportamento dos Estados que seria internalizada e observaríamos a redução progressiva dos conflitos internacionais.
Sendo assim, tanto o Funcionalismo, tanto o Neofuncionalismo, acreditam que o processo gradual de integração do sistema internacional em áreas específicas pode, através do transbordamento, gerar uma integração política maior. É através dessa linha de pensamento que alguns autores