Cooperativismo
Nossa sociedade atravessa um momento marcado por profundas contradições, onde ao grande desenvolvimento cientifico e tecnológico se opõem os reflexos de uma grave crise econômica, política, social e ecológica que atingem dimensões planetárias. Dentre os diversos resultados dessa crise, note-se a aparente incerteza da humanidade quanto ao seu futuro.
Autores como Capra (2006), Sachs (2002), Camargo (2005) e Paulino (2010) relatam a existência de uma crise mundial, profunda, complexa, multidimensional, que endossa o caráter insustentável da sociedade contemporânea e que requer soluções cooperativas, complexas, multi e transdisciplinares.
Com a pesquisa de sobreviver as conseqüências sociais impostas pelo desenvolvimento tecnológico, descompasso entre produção e distribuição de riqueza, desemprego em massa, exclusão e a exploração da mão de obra surge o cooperativismo como uma possibilidade de empreendimento. Este com foco na valorização do trabalho e no ser humano e não somente no capital, possibilitaria a transformação social precária, através do processo da cooperação, com respeito à liberdade de livre associação, através de decisão individual e, independente de etnia, posição social, cor, política partidária e crença religiosa. Segundo Figueiredo (2000, p. 58), cooperativismo é “Doutrina, sistema, ou simplesmente uma atitude ou disposição que considera as cooperativas como forma ideal de organização das atividades socioeconômicas da humanidade”, ou seja, o cooperativismo é uma linha de pensamento é uma filosofia que surgiu, de acordo com Rios (2007), em decorrência do desenvolvimento do capitalismo industrial na Europa do século XVIII, como forma de reação às condições hostis e de exploração as quais eram submetidas à classe operaria. Gerando a possibilidade de retorno aos postos de trabalho desencadeando uma nova possibilidade de inclusão.
A indecisão social possibilita ao cidadão uma oportunidade de adquirir conhecimento,