Cooperativismo
Por volta de 1610, quando foram fundados no Brasil as primeiras Reduções Jesuíticas, houve as primeiras tentativas da criação de um Estado em que prevalecesse a ajuda mútua. Incentivada pelos padres jesuítas e baseada no principio do auxílio mútuo (mutirão), esta prática, encontrada entre os indígenas brasileiros e em quase todos os povos primitivos, desde os primeiros tempos da humanidade, vigorou por cerca de 150 anos. Porém, é em 1847 que situamos o início do movimento cooperativista no Brasil, quando diversas sociedades foram fundadas com esse espírito. O cooperativismo de crédito teve início em 1902, quando foi constituída a primeira cooperativa de crédito brasileira no município de Nova Petrópolis (RS), recebendo o nome de Caixa Econômica de Empréstimos “Amstad” de Nova Petrópolis – Sparkase Amstade (que em alemão significa Caixa Geral de Depósitos), que no início funcionou na casa do primeiro gerente eleito, o Sr. Josef Neumann Sênior. Amstad foi um padre suíço que conhecia o sistema de funcionamento do cooperativismo de crédito europeu, e propôs a formação da cooperativa numa reunião realizada em 19/10/1902, no sindicato agrícola da região, como forma de reduzir as inúmeras dificuldades econômicas e financeiras dos colonos e das comunidades da região. Em 1908 surgiu no estado do Rio de Janeiro um Caixa Raiffessein, por iniciativa de Plácido de Melo. À partir de 1964, o Banco Central extinguiu quase completamente o raffeisianismo e o luzzatismo no Brasil, com base nas restrições impostas pela reforma bancária instituída pela Lei 4.595/64 e pelas normas da política financeira do Governo Federal, principalmente o Decreto-Lei 59/66, que estabeleceram o controle direto das cooperativas de créditos e caixas rurais pela comissão Bancária e de Crédito rural do Conselho Monetário Nacional. Por meio destas medidas ocorreu a centralização dos depósitos bancários cooperativos em bancos