Cooperativismo Emancipação
A cooperativa como alternativa emancipatória.
A autora quis trazer um pouco do caráter libertário da organização cooperativa através do histórico dos socialistas utópicos e científicos que desse assunto trataram. Owen foi um dos primeiros, deixando uma obra prática sem muito êxito, porém, de fundamental importância na influência às classes operárias em um tempo de péssimas condições de trabalho. Também contrariou muitos em ações como: redução da jornada de trabalho nas suas fábricas, idade mínima de emprego e benefícios aos trabalhadores. Seus ideais eram fundados em uma utopia de sociedade com novas bases produtivas de cooperação e igualdade. Charles Fourier introduziu o conceito de falanstério, que é basicamente uma colônia socialista comunitária. Produziu material teórico. Charles Gide ressalta que o cooperativismo é a única doutrina econômica nascida da prática dos trabalhadores. Em Rochdale, na Inglaterra, ocorre a formação dessa organização de tecelões após fracasso em uma greve, e a ela se deve as bases do que hoje é conhecido como cooperativismo. Proudhon traz o conceito de mutualismo, que significa mutualidade e reciprocidade. Os trabalhadores trabalham uns para os outros e dividem os lucros entre si. Uma sociedade formada por várias dessas se distinguiria de qualquer outra do planeta. Outra coisa ressaltada por Proudhon é a importância do livre associativismo, ou seja, que esse sistema não seja imposto de cima para baixo. Louis Blanc propôs as oficinas sociais baseadas na solidariedade. União da produção e do consumo é a solução imediata que ele enxergava e chamava de “sistema da associação fraternal”. Kropotkin trata o cooperativismo como tendo em essência a ajuda mútua, diferente do que muitas vezes ocorreu, um “egoísmo cooperativo”. Para esse autor a nova forma social será composta por várias associações de pessoas em busca de suprir suas necessidades e sozinhos não podem fazê-lo. Buber veio bem depois destes e