Controle de pragas urbanas
Centro de Ciências Agrárias
Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária
Higiene Veterinária e Saúde Pública
Controle de Pragas
Teresina, PI, agosto de 2013
Introdução
As modificações ambientais decorrentes do processo de urbanização, ao longo da história, geraram condições facilitadoras para a aproximação das populações humana com a de outros animais, algumas não desejáveis, originando o fenômeno da sinantropia. O animal sinantrópico se adapta à vivência com a espécie humana, independentemente da vontade desta, diferindo dos animais domésticos justamente por isso, pois são animais não desejados, que não recebem cuidados do homem.
As pragas provocam danos ao homem desde tempos remotos, não só pelo risco à saúde que representam através de doenças transmitidas, mas também pelos estragos que causam, na estocagem dos alimentos, nas contaminações de embalagens, produtos e ambientes.
Neste processo de implantação e crescimento das cidades, em maior ou menor grau, o homem interviu e se apropriou dos espaços naturais, alterando-os em prejuízo de espécies que neles viviam de maneira equilibrada.
Dessa forma, surgiu um ambiente artificializado e em desequilíbrio (ambiente antrópico) no qual algumas espécies animais passam a depender estritamente do homem para, de acordo com a organização do espaço urbano e de suas características socioambientais, ter plenas condições de desenvolvimento.
Nos grandes conglomerados urbanos, principalmente em países em desenvolvimento, essas características se traduzem nos problemas crescentes que decorrem da falta do planejamento urbano, da ausência de políticas adequadas de ocupação do solo, da inexistência de políticas realmente eficazes de tratamento e destinação de lixo, entre tantos outros.
Este quadro fortalece o elo comensal entre algumas espécies de pragas com o homem no meio urbano permitindo que estas recebam do próprio homem os elementos indispensáveis à