Controle de eutrofização
As estratégias de controle usualmente adotadas podem ser classificadas em duas categorias amplas (Thomann e Mueller, 1987; von Sperling, 1995):
medidas preventivas (atuação na bacia hidrográfica) 2. redução das fontes externas medidas corretivas (atuação no lago ou represa) 4. processos mecânicos 5. processos químicos 6. processos biológicos
a) Medidas preventivas
As medidas preventivas, as quais compreendem a redução do aporte de fósforo através de atuação nas fontes externas, podem incluir estratégias relacionadas aos esgotos ou à drenagem pluvial. As estratégias de controle dos esgotos estão ilustradas na Figura 3.3.
Controle dos esgotos
Tratamento dos esgotos a nível terciário com remoção de nutrientes
Tratamento convencional dos esgotos e lançamento a jusante da represa
Exportação dos esgotos para outra bacia hidrográfica que não possua lagos ou represas
Infiltração dos esgotos no terreno
Controle da drenagem pluvial
Controle do uso e ocupação do solo na bacia
Faixa verde ao longo da represa e tributários
Construção de barragens de contenção
[pic]
Fig. 3.3. Estratégias para o controle dos esgotos visando a prevenção do aporte de nutrientes na represa
Com relação ao tratamento dos esgotos com remoção de fósforo, esta pode ser efetuada por meio de processos biológicos e/ou físico-químicos.
A remoção avançada de fósforo no tratamento de esgotos por meio de processos biológicos foi desenvolvida há cerca de duas décadas, estando hoje bastante consolidada. O processo baseia-se na alternância entre condições aeróbias e anaeróbias, situação que faz com que um determinado grupo de bactérias assimile uma quantidade de fósforo superior à requerida para os processos metabólicos usuais. Ao se retirar estas bactérias do sistema, está-se retirando, em decorrência, o fósforo absorvido pelas mesmas. Com a remoção biológica de fósforo pode-se atingir efluentes com concentrações em torno de 0,5