Tipificação do estado trófico
ENGENHARIA DE RECURSOS HÍDRICOS E DO MEIO AMBIENTE
TIPIFICAÇÃO DOS ESTADOS TRÓFICOS DOS SISTEMAS AQUÁTICOS
Alberto Junior
Caroline Dreher
Lydia Santos
Raiza Tinoco
Raquel Brisson
UFF
JULHO/2013
INTRODUÇÃO
As últimas décadas foram caracterizadas pelo aumento do uso dos recursos hídricos para responder ao crescimento da população, à produção de alimentos e à produção industrial. Além do crescimento da população, houve também a tendência de concentração de grandes contingentes populacionais em centros urbanos. O reflexo do uso indiscriminado dos recursos hídricos é a escassez relativa da água tanto para o consumo humano quanto para seu uso ecológico. O uso sustentável é a palavra de ordem. Nesse sentido torna-se necessário realizar a classificação dos mananciais, para preservar os potáveis, e recondicionar os eutrofizados. Essa classificação é feita pela tipificação do estado trófico de lagos em geral, baseada na qualidade da água, na biomassa do fitoplâncton (o estado trófico dos lagos é geralmente baseado na concentração de fitoplâncton, mas lagos rasos eutrofizados podem ter extensa população de plantas aquáticas) e na concentração de nutrientes. O enriquecimento excessivo de nutrientes, que entram como solutos e se transformam em partículas orgânicas e inorgânicas nas massas de água naturais, conduzem à sua eutrofização.
A eutrofização é o aumento da concentração de nutrientes, especialmente fósforo e nitrogênio, nos ecossistemas aquáticos. Este é um processo natural que ocorre devido à sedimentação de matéria orgânica e inorgânica ao longo de grandes períodos de tempo, é parte do processo de sucessão ecológica que se verifica durante a evolução dos ecossistemas. Contudo a eutrofização cultural, resultado das atividades de origem antrópica, é observada junto a zonas urbanas ou agrícolas. Esse crescimento acelerado e a maior abundância de plantas aquáticas causam, frequentemente,