Contribuições dos árabes na Matemática e na Medicina
A Medicina
A partir de uma herança rica vinda dos tratados de Hipócrates e Galeno, a medicina árabe inovou em diferentes aspectos e transformou-se em uma medicina de alto nível, desenvolvida nos grandes centros da época. Foram exatamente por causa das grandes cidades que os árabes desenvolveram o conceito de hospital, ou seja, um lugar onde se reuniam especialistas empenhados no tratamento de doentes, na prática e no ensino da medicina. Nestes locais também se desenvolveram as farmácias onde se reuniam os agentes terapêuticos diversos. Devidos aos avanços na pesquisa química e na busca do elixir terapêutico, os árabes tornam-se responsáveis pela descrição de grandes farmacopeias (coleção de elementos detalhadamente descritos quanto ao seu aspecto, obtenção e uso terapêutico). Os avanços na química também permitiram não só o tratamento das doenças, mas também os preparados químicos na busca do equilíbrio e do bem-estar.
Grandes desenvolvimentos na área médica foram possíveis nesta época e muitas doenças foram como a varíola, a asma e a alergia foram descritas e tratadas. Grandes conhecimentos de anatomia e fisiológicos foram adquiridos, entre os quais a anatomia e fisiologia da mulher, do desenvolvimento fetal e da gravidez. Houve também o desenvolvimento de instrumentos cirúrgicos e de técnicas cirúrgicas sofisticadas para a época. Há que se salientar que antes dos árabes as cirurgias eram feitas pelos barbeiros e a partir dos árabes, estas tornaram-se práticas desenvolvidas e ensinadas em escolas médicas.
Dentre os grandes sábios médicos podemos citar Ibn Sina, conhecido também como Avicenna, que elaborou um tratado de medicina chamado o “Canone da Medicina”. Uma obra monumental onde descreveu diversas patologias e seus possíveis tratamentos, tendo sido utilizada na prática e no ensino médico até o século XVIII. Dentre as doenças descritas por Avicenna podemos citar várias desordens centrais como a mania,