contrato
Capítulo 1
Introdução aos Sistemas de Comunicação Óptica em
Espaço Livre
1.1 . Introdução
O recente interesse demonstrado pelas comunidades acadêmica e industrial internacionais nas comunicações ópticas por espaço livre tem sido estimulado pela necessidade de se fornecer soluções complementares às tradicionais (e.g. fibra óptica), visando a atender à crescente demanda da sociedade por maior capacidade de transmissão de informações [1].
A comunicação por fibra óptica, no atual contexto, é uma tecnologia capaz de atender a toda a demanda por banda larga existente [2, 3]. No entanto, a instalação de fibras, principalmente no ambiente metropolitano – onde a demanda é maior – é um processo caro e lento, devido às implicações decorrentes da obtenção de direitos de passagem e abertura de valas e perfurações para instalação dos cabos. Os sistemas de comunicação por RF e microondas, por sua vez, devido à sua intensa adoção nas grandes metrópoles, esbarram em dificuldades como susceptibilidade à interferência de sinal nas freqüências de livre utilização ou alto custo decorrente da obtenção de licenças para utilização privada de faixas do espectro.
Imune a estes problemas, a comunicação óptica em espaço livre vem estabelecendo-se como uma alternativa para conexões em banda larga [4].
Os fundamentos da comunicação óptica em espaço livre, conhecida pela sigla FSO
(Free Space Optics), são os mesmos da comunicação por fibra óptica, diferindo essencialmente quanto ao canal de comunicação, que é a atmosfera. Um sistema FSO é constituído de dois transceptores que emitem e recebem luz em comprimento de onda na faixa do infravermelho (850 nm a 10 μm) e serve para estabelecer comunicação do tipo wireless, isto é, comunicação sem fios, a uma elevada taxa de transmissão de dados, entre dois pontos fixos no espaço, distantes entre si desde algumas centenas de metros até alguns quilômetros
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[5]. O sinal transmitido por estes equipamentos é digital,