contra a perfeição

Irm:. Ricardo de Henrique de Araújo ImamuraOr:. de São Paulo – SP Inicialmente, refletindo sobre o sentimento do perdão, temos que o perdão seencontra em algumas situações específicas: no sentimento de culpa ou de ofensa quealguém lhe cometeu. O sentimento de culpa é resultado de nossas tristezas e frustrações,é o apego ao passado, é uma tristeza por alguém não ter sido como deveria ter sido, éuma tristeza por ter cometido algum erro que não deveria ter cometido; e o sentimentode ofensa é aquele que criamos em nossa mente, resultado de alguma ação que noscometeram, contrário aos nossos preceitos.Temos uma idéia preconcebida de como deveremos ser e essa culpa é a frustração por não termos sido como deveríamos ter sido. É um produto de nossa mente o conceitoalienado de que não podemos errar. Dentro de nós existe o Eu ideal, que sempre fazexigências impossíveis e perfeccionistas, próprias do homem em evolução e o Eu real,humano, aquilo que realmente somos. Na ânsia da perfeição e atormentados por este perfeccionismo, o ser humano não tem escapatória visto que, sendo imperfeitos, não podemos buscar o impossível. Em nossa vida, devemos buscar a auto-realização dentrodos nossos limites de imperfeição, não na tentativa vã e neurótica da realização daquiloque não podemos ser: perfeitos. Quem acredita que é possível ser perfeito, quem achaque está no mundo para ser perfeito, quem acha que deve procurar nesta vida a perfeição, viverá necessariamente atormentado pelo sentimento de culpa. Construímosum inimigo dentro de nós, que é o ideal imaginário de como deveríamos ser e não decomo realmente somos. Respondendo a um ideal de perfeição, nós desenvolvemos umafachada falsa para manipular e impressionar os outros. Quanto maior for nossaexpectativa de perfeição, maior será nosso sentimento de frustração e culpa. Ilke Prahadiz: "O perfeccionismo é uma morte lenta. Se tudo se cumprisse à risca, como eugostaria, exatamente como planejara, jamais experimentaria algo novo, minha