contos de fadas
INFANTIL
Maristela Costa Paiva de Barros
Núbia Ferreira Belmiro Silva
Orientadora: Profª. Fabíola Gonçalves
“Entre as heranças simbólicas que passam de pais para filhos, certamente, é de inestimável valor a importância dada à ficção no contexto de uma família. Afinal, uma vida se faz de histórias – a que vivemos, as que contamos e as que nos contam”.
(CORSO, 2006)
Resumo: O presente artigo surgiu a partir de uma vivência na disciplina de
Prática de Ensino I e II, por ocasião do Estágio, onde nos foi solicitado a elaboração e execução de algumas aulas. Considerando a importância dos contos de fadas e do lúdico, apontados por vários psicanalistas como instrumentos eficazes no trabalho da subjetividade infantil, na elaboração psíquica, nas questões inconscientes e na compreensão das etapas da existência, organizamos entre outras aulas, esta, que foi a quinta do plano de estágio e que se constituiu objeto deste trabalho. Encontra-se voltada para as fantasias dos contos e para a importância do brincar, a fim de que os educadores percebam a eficácia desses instrumentos e se sintam estimulados a utilizá-los no espaço pedagógico.
Palavras-chave: Contos de fadas, subjetividade infantil, lúdico.
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COM TEXTO, Ano VIII, no 1
INTRODUÇÃO
É notável a influência dos contos de fadas na psiquê infantil, visto que estes vêm perpassando as gerações e os séculos, desde a Idade Média até a contemporaneidade. Este fenômeno se dá devido à importância desses contos na elaboração do campo simbólico, fazendo a criança entrar em contato com seres mitológicos e encantados, contextualizados de acordo com a época e a região.
Alguns psicanalistas citados neste artigo sinalizam a relevância do trabalho com os contos e com o lúdico na vivência infantil. Afirmam que essa sustentabilidade atemporal dos contos ocorre por oferecerem eles, dentro de cada contexto, a oportunidade de atualização dos conflitos