CONTAR HISTORIA: UMA ARTE SEM IDADE
A pedagoga e contadora de histórias Betty Coelho aborda em sua obra, ferramentas e técnicas básicas para o trabalho com contação de histórias. O livro citado é um manual de lições, um grande relato de experiências da autora nessa área, que ao ser lido apresenta dicas importantes para o trabalho com a contação de histórias. A obra está organizada em cinco capítulos que descrevem aspectos importantes que vão desde a escolha de uma história que se deseja contar até as atividades que podem ser trabalhadas após uma contação. A autora inicia relatando que ‘nem toda história vem no livro pronta para ser contada’ (Silva, 2006). Seguindo esse ponto de vista, entendemos que é necessário pesquisar, realizar uma seleção literária para melhor escolher uma história pra contar. O narrador deve, portanto, considerar a faixa etária de seu público, assim como a originalidade do texto e o tipo de linguagem a ser usada, para que a história seja agradável a todos os ouvintes. No livro ‘Contar histórias: uma arte sem idade’, a autora ressalta os diversos públicos por meio de fases: a pré-mágica, a mágica, ouvinte escolar e a ouvinte peculiar, que abordam as características dos tipos de ouvintes e de tipos de histórias que lhe podem ser contadas. O contador de histórias precisa “cantar” o texto à medida que conta a obra escolhida, com interpretação criativa para facilitar o entendimento. Uma história é mantida por uma estrutura que deve ser estudada por quem conta. Deve existir uma familiarização do narrador com o texto, onde se possa enunciar com pausa, voz firme e clara, de modo uniforme em todas as etapas: introdução, enredo (clímax) e desfecho, onde ‘o essencial deve ser contado na íntegra e os detalhes podem fluir por conta da criatividade do narrador no momento’ (Coelho, 2006).
Pode-se ainda, utilizar variados recursos para se apresentar uma história, como por exemplo: a narrativa simples ou com gravuras, por meio de interferências