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SEM REFERÊNCIAS OU UMA PROPOSTA DE RECONSTRUÇÃO*
Assim como alguns setores de nossa economia, a construção civil se encontra em uma situação muito interessante: além de estar sofrendo os ajustes necessários à nova economia de mercado, ela passa também por um momento que eu estou chamando de sem referências. Estou chamando de sem referências a uma situação, ou a forma como os empresários do setor gerenciam o seu negócio(obras) juntamente com os seus empregados. Os modelos de gestão aplicados nas empresas de construção civil, até hoje, com raras excessões, são fortemente influenciados e até dirigidos pela função organizacional de marketing ou comercial das empresas, função esta de importância indiscutível em qualquer organização, mas que na construção civil ficou muito grande, diria desequilibrada, fazendo dessa forma com que as outras funções: produção, administração, controle, desenvolvimento, etc., ficassem no demérito com relação à sua importância como função organizacional. É muito comum ainda na construção civil o desenvolvimento tecnologico e gerencial ser colocado em segundo plano. A eficácia desses modelos de gestão foi nos últimos tempos, se esvaziando, sendo que não existe uma causa única mas sim um conjunto de causas. Como exemplos: A desmobilização estatal, ou seja a passagem de um estado comprador para um estado quase que só devedor; o aumento da concorrência, que é mais um efeito do diminuto número de obras feitas pelo estado ;o desenvolvimento dos novos conceitos de gerenciamento aliados a um grande aumento da tecnologia, principalmente na área de informática e por fim o crescente poder das entidades de classe reivindicadoras de produtos e/ou serviços melhores.
Enfim podemos citar mais algumas, mas a meu ver a principal causa que indicou e influenciou o novo rumo, foi a nova política de contratação de serviços e obras de engenharia feita pelo