lei seca
Numa semana em que se multiplicaram incidentes graves em áreas ditas pacificadas por todo o Rio, chamou a atenção episódio ocorrido numa corriqueira blitz da Lei Seca, como O DIA mostrou ontem. Policiais baseados numa via em São Cristóvão perceberam sequestro-relâmpago quando abordaram um carro suspeito. Libertaram o refém e prenderam o bandido.
Detratores das operações, apelidadas de ‘Bols’, vociferam contra um alegado cerceamento do direito de ir e vir. Muitos apelam para despistes na internet, e não são poucos os que, munidos dessa gambiarra, fogem dos bafômetros, mesmo tendo bebido — o que, na legislação atual, é infração das mais graves.
Toda esperteza tenta nublar os méritos da campanha, que já poupou centenas de vidas e evitou um sem-número de acidentes de trânsito. Mas a Lei Seca vai além. As blitzes não só funcionam como redes para fisgar gente alcoolizada: criam barreiras de segurança que, como comprovou os agentes e São Cristóvão, interceptam bandidos. Pode estar aí o embrião de um novo modelo de patrulhamento, aliás bastante necessitado, haja vista o aumento dos índices de criminalidade.
O potencial é imenso. Cada blitz também checa a documentação dos veículos, o que trava, invariavelmente, dúzias de automóveis com irregularidades. E aí um péssimo mal dos cariocas, andar com multas penduradas ou sem vistoria anual — mazela que o departamento de trânsito não consegue minorar —, pode estar com os dias contados. E toda a sociedade ganha, com mais segurança e motoristas civilizados.
A LEI SECA E TOLERÂNCIA ZERO
A Lei Seca está aí, com tolerância praticamente zero para a presença de álcool no sangue de motoristas, e muita gente deve estar preocupada com a possibilidade, ainda muito baixa, de ser flagrada dirigindo sob efeito de bebidas, não só pelo alto valor de multa (R$955,00), mas, principalmente, pelo risco de ser presa em flagrante. O novo limite é exageradamente baixo, poderia muito bem ter permanecido em 0,6mg, e a pena de