Construção e reconstrução de memórias na identidade negra
Na artigo “A produção de identidade afro-brasileiras no pós-abolição: imprensa negra em Porto Alegre (1902 – 1910), a professora Maria Angélica Zubaran, buscara fazer um resgate da memória do passado dos negros, a partir de arquivos que eram publicados pela imprensa negra pós-abolição. Naqueles artigos haviam elementos que contribuíam para a identidade do negro e o combate a exclusão social.
A autora percebe que naquele momento estava sendo construída uma memória oficial (modernidade, escravidão é atraso), que vai contribuir para o mito da democracia racial que não contemplou a historicidade da memória social das populações afro-descendentes.
A memória ocultada pelo discurso oficial, não calou e nem impossibilitou a retomada e reconstrução das memórias oficias do passado - que representavam o negro apenas como o escravizado – que apresentava sendo critico aguçado em discursos críticos e reflexivos diante das circunstâncias a que o negro estava submetido.
Uma grande contribuição do texto é mostra que os intelectuais negros não estavam calados, estava em constante militância, pois elucidavam os mecanismos estratégicos de exclusão que eram submetidos, e pregavam o reconhecimento do negro como ser humano. Neste sentido os negros tiveram que a partir de negociações sociais contratar e conflitar para que suas identidades fossem reconhecidas e isto aconteceu desde de sua chegada da áfrica (diáspora).
Apesar de não ser devidamente valorizada pela História oficial a memória africana teve que ser reinventada e construída, o mito fundador da ancestralidade africana, foram e são ferramentas para o combate as representações simbólicas negativas do negro.
Movimentos negros, expressões culturas negras (Bloco Afro-Malê, Lundu, etc.), manifestações religiosas, utilizam os vários elementos da africanidade que estava oculto para a construção de uma identidade negra.
Se conclui que os movimentos e expressões