Construcionismo
“Corpo-mercadoria”, sob controle e punição:
Prenúncios de uma subjetividade aniquilada?
Alexandra Arnold Rodrigues
Psicóloga clínica e professora (CESUMAR e SENAC), aluna do Mestrado em Psicologia da Universidade Estadual de
Maringá.
End.: R. Padre Raimundo Le Goff, 725. Ap.06, zona 07.
Maringá, PR. CEP: 87020-040.
E-mail: xanda_kim@hotmail.com
Angela Maria Pires Caniato
Psicóloga clínica e Professora Drª do Mestrado em
Psicologia do Departamento de Psicologia da Universidade
Estadual de Maringá.
End.: R. Joaquim Nabuco, 1496. Maringá, PR. CEP:
87013-340
E-mail: ampicani@onda.com.br
Resumo
O objetivo desta pesquisa foi, primeiramente, localizar o processo degenerativo do ser-homem ao longo da história a partir de um resgate das concepções e valores depositados no corpo em diferentes sociedades e períodos históricos, tendo como base uma visão histórico-dialética do homem. Por conseguinte, visou uma compreensão acerca do corpo humano, hipercotado, mas, contraditoriamente, tão violentado na contemporaneidade.
Para tanto, utilizamos o método pesquisa bibliográfica e uma fundamentação pautada na Teoria Crítica da Escola de Frankfurt
Revista Mal-estar e Subjetividade – Fortaleza – Vol. IX – Nº 2 – p.647-687 – jun/2009
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amalgamada à teoria psicanalítica. Neste artigo significativas conclusões puderam ser alcançadas, entre elas a identificação de uma importante conseqüência histórica: a perda de uma concepção de corpo integrado à mente, e uma negação da totalidade humana, que vem permitindo um uso perverso do corpo em prol da manutenção do sistema socioeconômico vigente. Identificou-se ainda a base ideológica que vem sustentando o conceito de saúde, já que “parecer bem” determina o “estar-bem”, e neste movimento a dor passa a ser valorizada e normatizada como imperativo para alcançar a imagem desejada. Assim se reconfigura a concepção de dor! Práticas de