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Com um maravilhoso e inédito acervo documental, que engloba escutas telefônicas dos presidentes norte americanos do período com o seu embaixador aqui no Brasil e documentos oficiais, ficamos cientes de todo ocontrole, preocupação e participação praticamente direta dos EUA na deposição de Jango.
A insegurança americana com o nosso país começa na eleição de Goulart, que defendia as reformas estruturais intituladas “Reformas de Base”, tais como reforma agrária, política, fiscal e educacional. Essas suas medidas fizeram-no ganhar a fama de comunista, pior característica que poderia receber considerando que estávamos em meio à Guerra Fria (EUA- capitalista X URSS- socialista) e a paranoianorte-americana de que estavam perdendo. Este acreditava profundamente que caso o Brasil aderisse à Revolução Vermelha, toda a América do Sul estaria propenso a se converter ao stalinismo também dado ao nosso poder de influência no cone sul.
Lincoln Gordon, embaixador estadunidense, juntamente com o presidente, J.F.Kennedy, começa então a financiar opositores de Jango, por meio do IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática), que fora criado justamente para dar cobertura a essas ações, a fimde enfraquecê-lo.
Com a morte de Kennedy e a ascensão de Johnson, o qual declara “Vamos ficar em cima de Goulart e nos expor se for preciso”, fica claro que o novo presidente também pretende fazer de tudo para que o Brasil não siga o exemplo de Cuba.
Jango, por sua vez, investia em comícios pelo Brasil a fim de ter cada vez mais apoio do povo e o seu discurso em uma dessas foi considerado pelos seus opositores como uma provocação, o que foi decisivo no envio de [continua]
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