Considerações sobre heidegger

Considerações sobre Heidegger: A Essência da Técnica

No início de ‘’Ensaios e conferências’’, somos convidados por Martin Heidegger a percorrer um longo caminho em busca da essência da técnica e suas inúmeras implicações. Para se ter conhecimento de algo é necessário que essa algo seja questionado. É o que Heidegger afirma e faz. É preciso que cheguemos aos limites de tudo que algo é - ou pode ser.
Mais do que meio para um fim e atividade humana, Heidegger nos leva a reconhecer a técnica como toda uma “experiência” que envolve pro-dução, desencobrimento, verdade e inclusive - como vemos mais tarde - exploração aliada à disponibilidade. Para chegar a tais percepções fazemos uma “viagem’’ pelo uso da linguagem. Viagem essa um tanto quanto difícil.
É inegável a complexidade linguística presente em todo o discurso de
Heidegger, e é mais que evidente o quanto isso dificulta seu entendimento. Comigo não foi diferente. Seria irreal afirmar que consegui absorver por completo todas suas proposições, mas creio ter podido compreender ao menos parte da - porque não – essência de tal discurso, se tomarmos essência por ‘’aquilo que algo é’’, e este texto é sem dúvida, pelo menos em parte a busca pela verdade atrelada à técnica moderna.
Em tempos no quais se decreta o fim da história, os meandros de pensamento do filósofo reconduzem à uma pergunta um tanto quanto pertinente: O tempo ainda faz questão? Aprendi que se engana aquele que espera uma resposta concreta vinda de um trabalho de fundamento filosófico. Para Heidegger, não diferente dos demais pensadores aos quais me deparamos até aqui, a formulação da questão é bem mais importante do que a resposta a que se chega. Isso se se chega a alguma resposta.
A noção de tempo que Heidegger estudou na cultura grega e cristã principalmente lhe proporcionou fundamentar a compreensão da questão da essência humana. Os textos de Aristóteles sobre a questão do ser lhe proporcionaram abrir caminhos para o