Considerações gerais
Ao levantar a discussão acerca da importância da informação contábil, sua conceituação e características, para melhor entendimento, primeiramente, torna-se necessária a compreensão do termo “informação”, visto que, por mais irônico que possa parecer, essa palavra tem sentido ambíguo, sendo usada de diferentes maneiras para definir diversos conceitos.
Para efeito deste artigo destaca-se a abordagem feita por Buckland (1991), na qual distingue três significados para esse termo: “informação-como-processo”, (o ato de informar); “informação-como-conhecimento”, (aquilo que é transmitido e apreendido pelo receptor); e “informação-como-coisa”, (atribuído para objetos, incluem dados, textos, documentos, eventos).
Dentre os conceitos apresentados, o de “informação-como-coisa” é aquele que adquire uma forma tangível para representar o conhecimento (dados −em sistemas de informação− e documentos), portanto, mais adequado para explicar o sentido dessa palavra no contexto que se pretende explorar neste trabalho. Contudo, os dicionários de terminologias da área de Arquivologia definem que “todo e qualquer elemento referencial contido num documento” é informação (CAMARGO; BELLOTTO, 1996, p. 44). Enquanto que, documento é a “unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato” (ARQUIVO NACIONAL, 2005, p.73). Para complementar, Laudon (2004, p.7) ressaltam que dados “são fluxos de fatos brutos que representam eventos” e, “informação quer dizer dados apresentados em uma forma significativa e útil para os seres humanos após terem sido organizados e arranjados de uma forma que as pessoas possam entendê-los e usá-los”. Nesse aspecto, a informação torna-se tanto mais relevante quanto inteligível e redutora de incertezas para as pessoas que a utilizam, em variados processos, nos quais para tornarem-se eficientes precisam de informações confiáveis, resultando em algo compreensível e útil.