Suicidio
SUICIDIO
Chama-se suicídio todo caso de morte que resulta direta ou indiretamente de um ato, positivo ou negativo, realizado pela própria vítima e que ela sabia que produziria esse resultado (DURKHEIM,1930).
Freud (1969) no 1º simpósio sobre o suicídio, o mesmo questiona como é possível que extraordinariamente poderoso o instinto de vida seja vencido? Neste sentido, Freud coloca que apenas deve-se tomar como ponto de partida à condição da melancolia tão familiar na clínica. Pois melancolia é um estado psíquico que poderia estar presente no suicídio. Não sendo possível que a vida seja superada a poderosíssima pulsão de morte.
Freud (1969), assim disse “[...] não se pode esquecer que o suicídio não é nada mais que uma saída, uma ação; um término de conflito psíquico”.
EPIDEMIOLOGIA
Os estudos sobre adolescentes e adultos jovens que tentam suicídio têm sido bastantes presentes na literatura mundial e no contexto do nosso país. Por exemplo, um estudo sobre suicídio de adolescentes no Brasil revelou que Porto Alegre e Curitiba apresentam as maiores taxas de suicídio em adolescentes, entre nove capitais brasileiras (SOUZA, MINAYO & MALAQUIAS, 2002).
Considera-se que na adolescência os indivíduos podem recorrer a comportamentos ditos agressivos, impulsivos ou suicidas para solucionar os seus problemas. Em relação ao gênero, foi demonstrado que durante essa fase as mulheres apresentam maiores taxas de ideação suicida do que os homens. A explicação apresentada é que já na adolescência as meninas apresentam maiores índices de depressão e de desesperança do que os meninos (BORGES & WERLANG, 2006).
Pesquisas estatísticas foram realizadas por Dutra (2007; 2008) com 637 estudantes de psicologia, em duas universidades (uma pública e uma privada) e duas faculdades, na cidade de Natal-RN. E em João Pessoa-PB, foram pesquisados 374 estudantes do curso de psicologia da maior universidade pública do estado. Os resultados são preocupantes, pois entre os