Consenso de washington e argentina
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O texto que tratarei neste artigo é “Estratégias de desenvolvimento para o novo século” de Dani Rodrik. Nele, o autor aborda a ideia de desenvolvimento para o século XXI fundamentada em uma economia mista, onde o Estado e mercado devem combinar-se, mas de maneira que cada Estado conceba as suas próprias formas de economia mista. Rodrik defende, ainda, que para o desenvolvimento ser bem-sucedido é necessário que os mercados sejam atrelados a sólidas instituições públicas, que variam de acordo com as necessidades locais. Para o autor, são cinco as funções que essas instituições devem atender: proteção ao direito de propriedade, a regulamentação do mercado, a estabilização macroeconômica, a previdência social e a administração de conflito. Conforme o autor diz “o desenvolvimento econômico deriva de uma estratégia criada em casa, não do mercado mundial [...]. Devem ter mais confiança em si e na construção de instituições internas, e menos na economia global e nas cópias azuis que dela provêm” (p. 75). Dessa maneira, não podemos afirmar que um modelo aplicado em determinada nação seja melhor que o outro, mas sim que, em cada momento da história e a cada realidade local, o modelo de cada país foi bem ou mal sucedido.
Para que houvesse esse aprendizado no século XXI, foi necessária uma grande insatisfação com o modelo criado no século XX, que foi denominado Consenso de Washington. Seu conteúdo previa um conjunto de medidas a serem adotadas pelos países em desenvolvimento, em especial os da América Latina (mas que foi adotado também por outros países) onde a prioridade era enxugar o Estado. Segundo Williamson, “Minha versão do Consenso de Washington de fato focou principalmente em políticas que reduziam o papel dos governos, como privatização, liberalização do comércio e das finanças e dos fluxos de investimento estrangeiro direto” (Williamson, 2000, p. 255)
Dentro desse contexto, podemos analisar a crise econômica argentina de 2001. Podemos afirmar que a