Consenso de washington
O amplo consenso sobre a excelência das reformas realizadas na América Latina foi o resultado de uma reunião realizada em 1989 e que ficou conhecida como “Consenso de Washington”. Em tal reunião não foram feitas formulações novas, mas foram registrados e avaliados o grau de efetivação das políticas recomendadas anteriormente.
Através das elites políticas e empresariais, a mensagem neoliberal do consenso foi sendo espalhada e caracterizada como sinônimo de modernidade em contraposição as equivocadas políticas nacionalistas.
O fim do comunismo soviético e a adesão de várias partes da esquerda ao discurso neoliberal auxiliaram bastante na disseminação das ideias do Consenso de Washington. A partir daí, a descrença em relação ao papel do Estado era enorme e a ideia de que o Estado não tinha mais condições de exercer soberania era cada vez mais divulgada.
A visão do Consenso de Washington era prioritariamente econômica e o político ficou subordinado. Por esse motivo, questões sociais não foram tratadas. A inadequação da avaliação do consenso vem dessa priorização econômica e também da real origem da crise econômica latino-americana.
Por terem sido marginalizadas durante a guerra fria, a América Latina teve que financiar seus próprios desequilíbrios através do capital privado e isso os levou a um nível de endividamento enorme.
Esse endividamento somado a tese do Estado mínimo levou a América Latina a mais problemas. Dessa maneira, notamos a insuficiência e as contradições do Consenso de Washington, ou seja, há uma distância enorme entre o discurso e a prática neoliberal.
Enfim, as aplicações neoliberais do Estado mínimo não foram tão benéficas para a América Latina no contexto político e social. Isso se deu porque reduzir o Estado a níveis tão baixos desorganizaram a máquina Estatal a ponto de comprometer sua visão clássica de prover segurança, ordem, integridade territorial, etc.
Dessa maneira, a América Latina foi um caso a parte na