conhecimentos
Pelo período de duas décadas, mais especificamente entre 1964-1985, o Brasil deixou de ter eleições diretas e passou a ter presidentes militares que governaram o nosso país de forma autoritária, por meio de atos institucionais, decretos-leis, atos complementares e emendas constitucionais. Nesse periodo congresso Nacional nem sempre era consultado, e ao Alto Comando Militar cabia a escolha do novo candidato militar à Presidência da República. A liberdade de expressão e de organização quase não existia. Os sindicatos, agremiações e partidos políticos foram extintos.
INTRODUÇÃO: O GOLPE MILITAR DE 1964
FIM DO GOVERNO DE JANGO E A PREPARAÇÃO PARA O GOLPE MILITAR
- No começo da década de 60, o país atravessava uma profunda agitação política.
- Depois da renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961, assumiu seu vice, João Goulart (Jango), um homem de convicções esquerdistas para a então política brasileira.
- O perfil de Jango logo preocupou as elites, que temiam uma alteração social que ameaçasse seu poder econômico. Por isso, uma série de decisões foram tomadas para enfraquecer o presidente. A mais famosa foi a adoção do parlamentarismo, que, em 1961 e 1962, atribuiu funções do presidente ao Congresso, então dominado por representantes das elites.
- O regime presidencialista foi restabelecido em 1963 após um plebiscito.
- A crise econômica e a instabilidade política se propagavam no país. Jango propôs as reformas constitucionais que aceleraram a reação das elites, criando as condições para o golpe de 64.
- Com as reformas, Jango pretendia controlar a remessa de dinheiro para o exterior, dar canais de comunicação aos estudantes e permitir que os analfabetos, maioria da população, votassem.
- Faziam parte de seus planos as reformas de base, que pretendiam reduzir as desigualdades sociais brasileiras. Entre estas, estavam as reformas bancária, eleitoral, universitária e agrária.
- O estopim