Confissões de um assassino econômico

As administrações Reagan e Bush estavam determinadas a converter o Iraque em uma outra Arábia Saudita. Havia muitas razões interessantes para Saddam Hussein seguir o exemplo da Casa de Saud. Ele só tinha de observar os benefícios que eles tinham obtido com o Caso da Lavagem de Dinheiro. Depois que aquele acordo foi firmado, cidades modernas ergueram-se no deserto saudita, as cabras coletoras de lixo de Riad haviam se transformado em caminhões basculantes e agora os sauditas colhiam os frutos de algumas das mais avançadas tecnologias do mundo: fábricas dessali-nizadoras de alta tecnologia, sistemas de tratamento de esgotos, redes de comunicações e de distribuição pública de energia elétrica.
Ao contrário da opinião pública corrente, o Iraque não tem a ver apenas com o petróleo. Também tem a ver com água e geopolítica. Tanto o rio Tigre quanto o Eufrates correm dentro do Iraque; assim, de todos os países nessa parte do mundo, o Iraque controla as fontes mais importantes de um recurso cada vez mais crucial: a água. Durante a década de 1980, a importância da água - tanto política quantoeconomicamente - tornou-se evidente para nós que trabalhávamos nos campos da energia e da engenharia. Na corrida rumo à privatização, muitas das maiores empresas que buscaram controlar as pequenas empresas de energia independentes agora se voltavam para os sistemas de privatização de água na África, na América Latina e no Oriente
Médio.
O World Trade Center foi um projeto iniciado por David Rockefeller em 1960, e que alguns anos antes do acidente o complexo tinha sido considerado um elefante branco. Tinha a fama de ser um erro financeiro, não adaptado às modernas tecnologias de fibra óptica e à Internet, além de sobrecarregado com um ineficiente e caro sistema de elevadores. Agora o elefante branco se foi.
As receitas com o petróleo durante os 40 anos subsequentes permitiram que a Venezuela evoluísse de um dos países mais pobres do mundo para um dos mais ricos da