Resumo do livro: confissões de um assassino econômico
Jesus, Visto de Outro Ângulo
Aquela noite em Bandung me lançou um novo nível de reflexão e sentimento. Eu não tinha ignorado as implicações do que estávamos fazendo na Indonésia, minhas reações tinham sido controladas pelas emoções. Eu tinha justificado o envolvimento, convencendo-me de que Einar, Charlie e o resto de nós estávamos simplesmente cuidando de si mesmo e de suas famílias, pelos olhos deles eu entendi que o método egoísta da política externa não serve a gerações futuras ou as protegem em lugar nenhum. Em Jacarta aproveitei meu tempo sozinho para escrever esses assuntos num diário. Perambulava pelas ruas e tentava conversar com leprosos, prostitutas e moradores de rua. Enquanto isso ponderava sobre a natureza da ajuda externa e considerava o papel legitimo que os países desenvolvidos podiam desempenhar em ajudar a aliviar a pobreza e a miséria nos países subdesenvolvidos, imaginei quando a ajuda externa é verdadeira e quando não é apenas ganância e oportunismo. Estava certo de que países como o meu deveriam assumir ações decisivas para ajudar os doentes e famintos do mundo, mas isso era raro, se é que acontecia. O conceito de uma guerra santa em âmbito mundial era perturbador, mas quanto mais eu o considerava, mais convencido ficava da sua possibilidade. Imaginei que tipo de mundo teríamos se os EUA e seus aliados desviassem todo o dinheiro gasto nas guerras coloniais para erradicar a fome no mundo, imaginei como seriam afetadas as futuras gerações se nos comprometêssemos a aliviar as causas da miséria e a proteger as bacias hidrográficas, florestas e outras áreas que asseguram água pura, ar despoluído e as coisas que alimentam o nosso espírito assim como o nosso corpo. Na minha ultima noite na Indonésia acordei no meio de um sonho, havia sonhado com o Cristo, o relógio lembrou que estava para amanhecer, me vesti e perambulei nos jardins que circulavam a piscina. Sentei-me na espreguiçadeira e me perguntei o que estava