INTRODUÇÃO - GASTRONOMIA DA EUROPA - PORTUGAL Tudo que nos figura agradável, ameno, afetuoso, é doce. Olhar, sorriso, palavras, convivência, temperatura. O doce e o bolo, possuíam uma função social indispensável na vida portuguesa e que se comunicou na convivência brasileira em quatro séculos e meio de alegria familiar. Representava a sociedade social. Os inumeráveis tipos figuravam no noivado, casamento, (bolo de noiva), "visita de parida", batizado, aniversário, convalescença, enfermidade, condolências. Era a saudação mais profunda, significativa, insubstituível. Oferta, lembrança, prêmio, homenagem, traduzia-se pela bandeja de doces. Ao rei, ao cardeal, aos príncipes, compadres, vizinhos, conhecidos. O doce visitava, fazia amizade, festejava. Isso porque o doce possui um papel social na história de muitos outros países. Dentre eles Portugal. Português é apaixonado por doce! Esta afirmação é verdadeira ou não haveria uma tradição em produzi-los e consumi-los. Esta tradição virou artigo de exportação, onde a forma de confecção esta presente em diversos países, fazendo com que os tradicionais doces portugueses fossem conhecidos e consumidos em todo o mundo. Sabe-se que a relação portuguesa com a doçaria é muito antiga. Vem dede os primórdios da humanidade. E a confecção e o consumo de doces no mundo estão presentes desde as antigas civilizações tais como a civilização egípcia, a grega e a romana. Mais tarde, os mouros, fiéis ao comércio de doces, introduziram e influenciaram na construção dos alicerces da doçaria em Portugal. Países colonizados pelos portugueses em suas grandes navegações, preservaram a tradição nata e desenvolveram uma história ao redor destes doces. Um doce português, "evoluído" pela história do país colonizado, traz traços marcantes de momentos dessa história. Apesar do interesse crescente pelo estudo da gastronomia nacional e internacional, poucas são as publicações sobre a história da