Teorias sobre o mecanismo de translocação da água através da planta. Teorias vitalistas. Embora as traqueias e traqueídeos, ao longo dos quais se verifica o movimento longitudinal da água, sejam constituídos por células mortas, eles estão sempre em contato com células vivas. Por tal motivo tem-se sugerido, por vezes, que o movimento ascendente da água está diretamente dependente das células vivas, embora não se disponha de quase nenhuma evidência direta que suporte tal idéia. Pressão radicular. É frequente observar-se a exsudação de seiva xilêmica em ramos ou árvores recentemente cortados ou ainda em incisões ou oríficios feitos na planta. A maioria de tais exsudações resulta de uma pressão que se exerce no líquido xilêmico em consequencia de um mecanismo que funciona nas raízes. Embora seja uma realidade que a pressão radicular, em certas espécies e sob certas condições, é responsável pelo movimento ascendente de uma parte da água, são várias as razões que não permitem considerar esse processo como principal, nem o mais importante, pois em algumas espécies esse fenômeno nem foi observada, a pressão não é suficiente para forçar a subida de água até as partes mais elevadas das plantas e, além disso, a taxa de movimento de H²O, resultante da pressão radicular é suficiente para compensar as taxas da transpiração. Teoria da coesão da água. As moléculas de H²O são fortemente atraídas pelas outras, apesar de estarem em movimento continuo. Em massas de água no estado líquido, a existência dessas interações moleculares não é evidente, mas quando a H²O se encontra presa em algum recipiente, tais como tubos de ensaio de pequeno diâmetro, a presença dessas atrações é bastante visível. Se a água da extremidade superior sofrer uma força de sucção, o efeito será transmitido para toda coluna, devido a ação de atração mútua denominada de coesão, porém devido a adesão das moléculas de H²O com a parede do tubo, a água, não se afasta da parede do tubo. A