condoreirismo
As décadas de 1860 e 1870 representam para a poesia brasileira um período de transição. Ao mesmo tempo que muitos dos procedimentos da primeira e da segunda geração são mantidos, novidades de forma e de conteúdo dão origem à terceira geração da poesia romântica, mais voltada para os problemas sociais e com uma nova forma de tratar o tema amoroso.
Fugindo um pouco do egocentrismo dos ultrarromânticos, os condoreiros desenvolveram uma poesia social, comprometidos com a causa abolicionista e republicana. Em geral são poemas de tom grandiloquente, próximos da oratória, cuja finalidade é convencer o leitor-ouvinte e conquistá-lo para a causa defendida.
O nome da corrente, condoreirismo, associa-se ao condor ou outras aves, como Baleia, águia, o falcão e o albatroz, que foram tomadas como símbolo dessa geração de poetas com preocupações sociais. Identificando-se com o condor, ave de voo alto e solitário, com capacidade de enxergar a grande distância, os poetas condoreiros supunham ser eles também dotados dessa capacidade e, por isso, tinham o compromisso, como poetas-gênios iluminados por Deus, de orientar os homens comuns para os caminhos da justiça e da liberdade.
O poeta Tobias Barreto, patrono da cadeira 38 da Academia Brasileira de Letras, é considerado o fundador do condoreirismo brasileiro.
Índice
1 Castro Alves
2 A poesia social
2.1 O Navio Negreiro
2.2 Poesia amorosa
3 Referências
Castro Alves[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Castro Alves
Chamado de o poeta dos escravos, Castro Alves é considerado a principal expressão condoreira da poesia brasileira. Além da poesia social, Castro Alves cultivou ainda a poesia lírica, a épica e o teatro.
Sua obra representa, na evolução da poesia romântica brasileira, um momento de maturidade e de transição.