Condoreirismo
Por Cristiana Gomes
Em 1860, surgiram alguns escritores que demonstravam imensa preocupação com os problemas sociais.
Questões como: o direito dos povos à independência, abolição da escravidão, erradicação da miséria e educação começaram a ser discutidos e difundidos por estes escritores.
Castro Alves foi o melhor representante desta geração – também chama de Terceira Geração Romântica ou Condoreirismo (uma alusão às aves que enxergam longe e voam alto, assim como os poetas desta fase)
Além dele, merecem destaque Fagundes Varela e Sousândrade.
CASTRO ALVES (1847-1871)
Antônio Frederico de Castro Alves é considerado o último grande poeta do Romantismo.
Suas melhores obras são abolicionistas, por esta razão é conhecido como o “Poeta dos Escravos”. Nelas, o poeta denuncia as injustiças sociais, clama por liberdade, fala sobre a opressão e cita a ignorância do povo brasileiro.
Além de apresentar a escravidão como um problema social, ele também valorizou a sentimentalidade do negro. O poeta procurou mostrar em seus escritos que o negro é dotado de sentimentos nobres assim como qualquer outro ser humano.
Na época, esta atitude de Castro Alves foi considerada ousada demais, pois o país vivia a época da escravidão e os negros eram vendidos como mercadorias.
Obras
- Espumas flutuantes (1870)
- A cachoeira de Paulo Afonso (1876)
- Os escravos (1883 – nesta obra estão os poemas O navio Negreiro e Vozes d’África)
Vozes d’África e O navio negreiro são considerados os seus melhores trabalhos abolicionistas. Nestas obras, o poeta trata a escravidão como algo inaceitável, principalmente em um mundo que avançava tecnologicamente.
Características de sua obra
Uso das figuras de linguagem: comparação, metáfora, antíteses, hipérboles, etc
Libertação do egocentrismo: ao discutir os problemas sociais, o poeta deixa de se importar somente com ele e passa a se preocupar com todos ao seu redor
Gosto por espaços amplos e