CONCRETISMO
A busca dos artistas era incorporar a arte (música, poesia, artes plásticas) às estruturas matemáticas geométricas. A intenção deste movimento concreto era desvincular o mundo artístico do natural e distinguir forma de conteúdo.
Para os concretistas a arte é autônoma e a sua forma remete às da realidade, logo, as poesias, por exemplo, estão cada vez mais próximas das formas arquitetônicas ou esculturais. As artes visuais não figurativas começam a ser mais evidentes, a fim de mostrar que no mundo há uma realidade palpável, a qual pode ser observada de diferentes ângulos.
Por volta de 1950, a concepção plástica da arte chega ao Brasil através do suíço Max Bill: artista, arquiteto, designer gráfico e de interiores. Bill é o responsável por popularizar as concepções da linguagem plástica no Brasil com a Exposição Nacional de Arte Concreta, em 1956.
As características gerais do concretismo na literatura são: o banimento do verso, o aproveitamento do espaço do papel, a valorização do conteúdo sonoro e visual, possibilidade de diversas leituras através de diferentes ângulos.
Autores: José Lino Grunewald: Um e dois; Escreviver; Carlos Gardel, lunfardo e tango; Um Filme é um Filme: o Cinema de Vanguarda dos Anos 60; O Grau Zero do Escreviver; Escreviver.
Haroldo de Campos: Galáxia; Xadrez de Estrelas; Signância: Quase Céu; A Educação dos Cinco Sentidos; Crisantempo; A Máquina do Mundo Repensada.
Augusto de Campos: Linguaviagem; Poemóbiles; Caixa Preta; Poesia é Risco; Não; O Rei Menos o Reino; Revisão de Sousândrade; Balanço da Bossa; Teoria da Poesia Concreta; Poesia Antipoesia Antropofagia; À Margem da Margem; Música de Invenção.
Décio Pignatari: Poesia Pois É Poesia; Panteros; Bili com Limão Verde na Mão; Céu de Lona.
Tropicalismo: O universo musical brasileiro estava saindo dos embalos da bossa nova, quando mergulhou num movimento