Conciliação em juízo: uma alternativa eficaz à resolução de conflitos no judiciário brasileiro.

5750 palavras 23 páginas
1. INTRODUÇÃO

A conciliação tem se consolidado no Brasil, enquanto método alternativo de resolução de conflitos, em especial a partir do ano de 2006, e graças ao chamado movimento pela conciliação criado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Os desdobramentos, conseqüências, pontos positivos e negativos desencadeados por este programa e a análise de seus resultados no cenário do Judiciário brasileiro são os pontos mais relevantes a serem discutidos e analisados pelo presente trabalho. A evidência dada à conciliação na história recente do Judiciário brasileiro origina-se do movimento pelo acesso à justiça ( este que pretende desafogar a justiça através de práticas alternativas e que conferem maior celeridade na resolução das demandas) deve-se a ineficiência do Poder Judiciário em prestar tutela jurisdicional adequada às demandas que lhe são apresentadas. Tendo em vista a morosidade e a ineficiência da prestação jurisdicional a sociedade reclama por soluções mais rápidas e efetivas na resolução de seus conflitos. Neste contexto destacou-se a tendência à promoção da prática conciliatória na busca de resoluções alternativas. A conciliação pode prevenir não só o exercício de uma atividade jurisdicional ampla para a solução de um litígio, mas evitar que outros surjam em virtude do mesmo fato, em razão da insatisfação dos envolvidos ou do próprio descumprimento da decisão judicial proferida. A ampliação da efetividade da atividade conciliatória nas lides judiciárias permitirá, não só a diminuição do número processual, mas também maior agilidade e rapidez aos processos em geral. O “boom” do movimento conciliação tem apresentado uma face antagônica ao seu propósito. Isso porque, ao fomentar a pacificação dos conflitos de maneira mais célere, tem incorrido, por vezes, em uso irresponsável da conciliação: a sua prática indiscriminada pode gerar conseqüências indesejáveis, de modo a comprometer os direitos e interesses das partes

Relacionados

  • Resoluçao de conflitos
    877 palavras | 4 páginas
  • PAULO HENRIQUE M TODOS ALTERNATIVOS DE SOLU O CONSENSUAL DE CONFLITOS NO CPC
    3199 palavras | 13 páginas
  • Mediação e Arbitragem
    2158 palavras | 9 páginas
  • Lei 9,099/95 e os Juizados Especiais
    12050 palavras | 49 páginas
  • Arbitragem, mediação e conciliação
    664 palavras | 3 páginas
  • direito
    4030 palavras | 17 páginas
  • concilação
    4077 palavras | 17 páginas
  • Métodos Alternativos de resoluções de conflitos
    4383 palavras | 18 páginas
  • Meios alternativos de pacificação social
    2018 palavras | 9 páginas
  • projeto de pesquisa
    3120 palavras | 13 páginas